O que é?
Para entender melhor o que são os Tumores Ósseos Malignos é preciso primeiro conhecer o processo que resulta na formação dos tumores e as diferenças entre tumores benignos e malignos.
É comum que as células se multipliquem durante toda a vida conforme as necessidades do corpo humano. Em algumas situações, as células começam a se proliferar de maneira anormal e, por algum motivo, não conseguem ‘parar’ esse crescimento. Quando isso acontece, se forma uma massa denominada Tumor.
Os tumores podem se formar também nos ossos resultando nos Tumores Ósseos Benignos e Tumores Ósseos Malignos. De maneira simples, a diferença entre eles está na agressividade: os tumores malignos são mais violentos, se multiplicam mais rapidamente e podem afetar outros órgãos.
Tumores Ósseos Malignos também são conhecidos como Câncer dos Ossos e podem afetar qualquer osso do corpo. Eles são considerados raros e têm maior chance de cura se forem diagnosticados precocemente e receberem o tratamento adequado.
Quais as causas?
Os Tumores Ósseos Malignos podem ser de dois tipos: os primários, que se originam no próprio osso afetado, e os secundários, que provêm de outro órgão e se espalham para os ossos (metástase).
As causas para a multiplicação dos tumores primários ainda são desconhecidas. Alguns estudos indicam possíveis causas genéticas ou ligações com síndromes ou outras doenças, mas sem nenhuma comprovação exata.
Tipos
Os Tumores Ósseos Malignos se classificam de diferentes maneiras, de acordo com os tecidos produzidos pelos tumores. Entre os mais comuns estão:
Osteossarcoma – é o tipo mais comum de Tumor Ósseo Maligno primário. Atinge com mais frequência crianças, adolescentes e jovens adultos. Geralmente ocorre em ossos longos, como fêmur.
Condossarcoma – o tecido fundamental desse tipo de tumor é formado por cartilagem. Acomete principalmente adultos com mais de 30 anos, principalmente mulheres, e aparece com mais frequência em ossos longos e da pelve.
Tumor de Ewing (Sarcoma de Ewing) – é o segundo tipo de Tumor Ósseo Maligno mais comum e atinge mais comumente crianças. Qualquer osso pode ser acometido por esse tipo de câncer, mas é mais comum aparecer na região do fêmur e pelve.
Sintomas e Diagnóstico
Os sintomas podem variar de caso para caso e os tumores podem, inclusive, permanecer assintomáticos (sem apresentar manifestações) por tempo indeterminado.
Em geral, a dor nos ossos constante e aumento de volume na região afetada são mais comuns. É possível também que o paciente perceba uma massa palpável no local, uma espécie de caroço ou calombo, e tenha episódios de febre.
Em alguns casos, quando o caso já está mais avançado, o osso pode ficar bastante fraco por conta da massa e começar a sofrer fraturas.
O diagnóstico do tumor começa na consulta médica com a avaliação dos sintomas e um exame clínico. Exames de imagem, como radiografia, tomografia computadorizada , ressonância magnética e cintilografia óssea (mapeamento ósseo) também são utilizados para diagnosticar a massa.
Também é possível a realização de uma biópsia, que consiste na retirada de um pequeno fragmento do tumor para avaliação em laboratório que ajuda a identificar o tipo do tumor e se ele é benigno ou maligno.
Tratamento
Os tratamentos dos Tumores Ósseos Malignos vão variar de acordo com o tipo de tumor, as condições do paciente e a avaliação médica. Por isso é importante um acompanhamento com especialista em tumor ósseo (ortopedista oncologista) para realizar uma ampla bateria de exames, a fim de encontrar o melhor tipo de tratamento para cada caso.
As opções de tratamento incluem quimioterapia pré-operatória, cirurgia para retirada do tumor (podendo chegar a amputação do membro), quimioterapia pós-operatória e radioterapia. Como se sabe, esses procedimentos são invasivos e podem resultar em efeitos colaterais.
A importância de conversar com o médico
A palavra câncer assusta muito os pacientes. A informação é a primeira arma mais importante no combate contra um Tumor Ósseo Maligno. Leia e pesquise, mas não deixe nunca de procurar um especialista e tirar com ele suas dúvidas.
Lembre-se que o diagnóstico precoce é extremamente importante porque ele aumenta consideravelmente as chances de cura. Por isso, se você observar algum sintoma, procure imediatamente um médico.