O que é?
A família de tumores de Ewing é composta por um grupo de tumores que acomete os ossos e tecidos moles. São eles o sarcoma de Ewing, também chamado apenas de tumor de Ewing; o tumor de Ewing extraósseo (ou sarcoma de Ewing extraósseo) – que ocorre nos tecidos moles; o tumor neuroectodérmico primitivo periférico (PPNET); e tumor de Askin que é, basicamente, um PPNET que se dá na parede torácica.
O sarcoma de Ewing, entre todos os citados acima, é o tipo que aparece com maior incidência. Trata-se de um tumor ósseo maligno agressivo que pode atingir qualquer osso do corpo, mas que aparece mais frequentemente nos ossos longos das pernas (como o fêmur, por exemplo) e também na pelve (região do quadril).
Causas e Sintomas
As causas do sarcoma de Ewing ainda são desconhecidas. O que se sabe é que, por alguma razão, o tumor atinge majoritariamente crianças e jovens de até 20 anos do sexo masculino.
O principal sintoma da doença é a dor. O paciente sente um incômodo na região afetada, uma espécie de dor nos ossos. No começo ela pode aparecer espaçadamente e ser bem localizada. Já com o tempo, a dor pode se espalhar e se tornar ininterrupta.
Alguns casos também podem apresentar inchaço e calor no local, que costuma surgir após algum tempo da dor já estar presente no dia a dia do paciente.
Outros sintomas mais raros, como febre, perda de peso e anemia, também podem surgir – sempre acompanhados da dor nos ossos.
Diagnóstico
Os sintomas do sarcoma de Ewing podem ser facilmente confundidos com outras patologias, como a osteomielite – infecção óssea que também costuma afetar ossos longos. Essa “confusão” ocorre, inclusive porque, no início, a doença pode não aparecer em exames de imagem, como o raio-X.
Por isso é extremamente importante não negligenciar os sinais a doença e buscar ajuda médica o quanto antes. Se houver a suspeita de outra patologia, ela será investigada e poderá revelar a presença do tumor de Ewing.
Uma bateria de exames é solicitada para diagnosticar o tumor de Ewing. Além do exame clínico realizado pelo profissional, o paciente precisará realizar exames de imagem, como radiografias, tomografias e ressonância.
Para complementar o diagnóstico, também é realizada uma biópsia. O procedimento consiste na retirada de uma pequena parte do tumor para análise (aqui os profissionais conseguem investigar qual o nível de avanço do tumor e o seu tipo).
A partir desse conjunto de exames, os médicos podem diagnosticar, então, se há presença de tumor ósseo e indicar os melhores métodos de tratamento para o paciente.
Tratamento
O avanço da tecnologia e da medicina tem proporcionado cada vez mais chances de cura aos pacientes com sarcoma de Ewing.
A escolha do tratamento conta com uma avaliação individual de cada caso, que envolve pontos como:
- Estágio do tumor;
- Se há metástase ou não (quando o câncer se espalha para outras regiões além de onde se originou);
- Condições do paciente, etc.
Em geral, é necessário realizar quimioterapia e/ou radioterapia, além de uma cirurgia para a retirada do tumor.
O paciente pode realizar sessões de quimioterapia pré-operatórias, a fim de diminuir o tumor e evitar metástases. O procedimento pode ser seguido de radioterapia ou de cirurgia, variando de caso para caso.
O processo cirúrgico consiste na retirada/ressecamento do tumor. Os resultados têm se mostrado cada vez mais positivos para os pacientes. A radioterapia tem a função de destruir as células cancerígenas e pode ser indicada após a quimioterapia “no lugar” da cirurgia, ou ser realizada após o processo cirúrgico para tentar eliminar qualquer resquício das células.
Alguns pacientes também passam pela quimioterapia após a cirurgia para enfraquecer as células que ainda possam ter permanecido no corpo.
A sequência do tratamento multidisciplinar vai depender dos resultados alcançados e das necessidades do paciente. Alguns são encaminhados para a fisioterapia, para recobrar força e movimentos, outros precisam de uma reavaliação e de novas sessões de quimioterapia, por exemplo.
Alguns casos apresentam a necessidade de amputação do membro para evitar que o tumor ósseo se prolifere.
É importante lembrar que o tratamento do tumor de Ewing não termina após a cirurgia. O paciente precisa ser acompanhado anualmente, mesmo depois de ter apresentado melhora ou cura, para que haja certeza de que o tumor ósseo não retornou.