O cotovelo é uma das articulações mais importantes do corpo humano. Ele funciona como uma dobradiça e possibilita a realização de movimentos que ajudam nas tarifas do dia a dia, desde as mais básicas até as mais complicadas, como lavar louça, escrever, tomar banho, carregar caixas e dirigir.
Justamente por ser uma região muito requisitada, ela compõe a lista de articulações que sofrem lesões com mais frequência. Não é raro encontrar adultos e crianças que já tiveram uma Fratura do Cotovelo ou algum outro tipo de lesão no local.
O que é?
O cotovelo é composto por três ossos: o úmero, ulna e o rádio. As Fraturas do Cotovelo podem acontecer nesses três locais, isoladamente ou em conjunto, acompanhadas ou não por alguma lesão ligamentar ou de nervo.
Assim como todas as fraturas, as de cotovelo se dão quando há um rompimento em um ou mais locais do osso. As que ocorrem nessa articulação são: a fratura da cabeça do rádio, a mais comum entre todas; fratura da porção distal do úmero e do olécrano (parte de trás do cotovelo, parte da ulna).
Quais as causas?
Como dito, o tipo de Fratura do Cotovelo mais comum é a fratura da cabeça do rádio. Isso ocorre justamente pela maneira como ela é causada: principalmente por quedas com o braço esticado e a palma da mão no chão. Quando esse movimento acontece, há uma grande carga depositada no antebraço e no local da articulação, ocasionando impacto da cabeça do rádio contra o úmero (região do capítulo).
As fraturas da porção distal do úmero também podem ocorrer por quedas, bem como as do olécrano. Além disso, as Fraturas de Cotovelo podem resultar de diversos traumas, como acidentes de carro ou moto.
Sintomas e Diagnóstico
A dor e o edema no cotovelo são os principais sintomas de que houve alguma fratura na região. O paciente também costuma apresentar hematomas, além de rigidez no antebraço e na articulação e sensação de encurtamento do antebraço.
Como a Fratura do Cotovelo resulta de um trauma direto ou indireto, o mais frequente é que o paciente já saia do local onde ocorreu a lesão direto para um hospital, na ala emergencial. Casos de Fraturas do Cotovelo assintomáticas são raríssimos.
Ao chegar no pronto-socorro, o paciente deve passar por uma consulta em que serão feitas perguntas sobre o trauma que causou a lesão, além de alguns testes simples – como ver se ele (ou ela) consegue esticar o braço ou levantá-lo.
Assim como na maioria dos outros casos de fraturas, o principal exame para avaliar a lesão é a radiografia. Por meio do raio-x, o médico especialista em cotovelo pode avaliar a gravidade da fratura, o local exato e verificar se ela está atrelada ou não a outras lesões. Se houver necessidade, ele pode solicitar também uma tomografia computadorizada que fornecerá mais detalhes da região.
Tratamento
Os casos simples de Fratura do Cotovelo podem ser tratados convencionalmente. Isso quer dizer que são usadas tala de gesso ou órteses – dependendo da avaliação médica.
Os casos de fratura de cabeça do rádio, os mais comuns, costumam passar por imobilização que varia entre sete e 10 dias, dependendo da avaliação médica. Nas fraturas do olécrano, o período pode ser de até três semanas e nos casos de fratura de úmero distal, esse tempo pode chegar a um mês.
Se as fraturas possuírem deslocamentos (desvio do osso fraturado) e se estiverem acompanhadas de luxação ou alguma outra lesão, cabe ao médico especialista em cotovelo a sugestão do melhor tratamento. Em muitos caso, é indicada a cirurgia para recuperar a estabilidade da articulação, onde para reestabelecer a estrutura são utilizadas placas e parafusos.
O pós-cirúrgico varia muito de caso para caso, mas passa por período de imobilização do membro (o menor tempo possível) e fisioterapia para diminuir a rigidez da região e recobrar os movimentos. Alguns pacientes podem não recuperar completamente a flexibilidade que possuíam antes do trauma.
É importante lembrar que as Fraturas do Cotovelo podem ser mais complexas do que apenas fraturas desses três ossos. Cada caso deve ser avaliado atentamente por um médico especialista de cotovelo para buscar o diagnóstico assertivo e recomendar o melhor tratamento.