O que é?
O joelho é uma das articulações mais importantes do nosso corpo, ele é constituído por cartilagens, ossos, tendões e outras estruturas que, juntas, garantem movimento, estabilidade e força necessárias para suportar todo o corpo humano. Um outro membro extremamente importante do joelho, são os ligamentos, cuja função é impedir que dois ossos se desloquem de modo anormal.
Existem quatro ligamentos importantes no joelho, o Cruzado Anterior (LCA), Colateral Lateral (LCL), Colateral Medial (LCM) e o Ligamento Cruzado Posterior (LCP); juntos, eles garantem a estabilidade da articulação. Contudo, quaisquer movimentos que forcem de modo anormal a estrutura do joelho podem fazer com que os ligamentos se rompam, causando uma lesão. Ela pode ser desde um entorse sem instabilidade até a completa ruptura do ligamento.
Quais as causas?
As causas mais comuns que contribuem para o romper dos ligamentos são grandes esforços físicos, como em esportes radicais, são exemplos: futebol, corridas, maratonas e lutas. Todavia, existem outras situações e características que contribuem para essas lesões, como acidentes de carro, acidentes domésticos, algumas doenças- como a artrose - e sedentarismo.
Sintomas
É comum ouvir dos pacientes: “Meu joelho saiu do lugar”, isso porque eles conseguem sentir a ruptura do ligamento e ouvir um estalido, tornando-se até mesmo incapazes de continuar com as atividades.
No caso dos ligamentos cruzados, pode haver derramamento articular, que também é conhecido por “água no joelho” e consiste em um acúmulo de líquido na articulação. O mais comum é que esse líquido seja sangue, essa situação recebe o nome de hemartrose. O paciente sente instabilidade nos movimentos rotacionais do joelho, inchaço e calor excessivo na região.
Já no caso de lesões nos ligamentos colaterais do joelho, que são as mais comuns, o paciente pode sentir inchaço localizado e dor aguda no exterior da articulação. Se a lesão for isolada, sem acometer outros ligamentos, pode não haver hemartrose ou derramamento de sangue. Contudo, a lesão no ligamento colateral lateral é mais difícil de ocorrer, ao passo que a lesão do colateral medial é a mais comumente encontrada em pacientes.
Diagnóstico
É importante salientar que o diagnóstico é diferente em cada tipo de lesão dos ligamentos, exigindo inclusive uma série de cuidados do ortopedista especializado em joelho. Ele deve analisar o histórico médico do paciente, as atividades diárias, os sintomas apresentados e o exame físico.
Não se pode esquecer que outras lesões possuem sintomas parecidos, como as lesões meniscais, que ocorrem em cartilagens em forma de “C” chamadas de meniscos. Sendo assim, o ortopedista irá pedir exames, como uma ressonância magnética, no intuito de avaliar as estruturas internas.
Quais são as formas de tratamento disponíveis?
Existem diversas formas de tratamento para lesões ligamentares do joelho, mas eles irão depender do ligamento lesionado e da gravidade da lesão. Entre essas formas de tratamento, há o conservador e o cirúrgico, e eles serão indicados pelo médico conforme as necessidades de reabilitação do paciente. Em atletas muitas vezes é necessário submetê-los a uma cirurgia de reconstrução.
No caso das lesões no Ligamento Colateral Medial, o tratamento conservador é composto de repouso, afastamento das atividades diárias, uso de talas imobilizadoras, fisioterapia e remédios analgésicos e anti-inflamatórios. Para o caso do tratamento convencional falhar, a cirurgia de reparação/reconstrução se faz necessária. A maioria dos casos de lesão do Colateral Lateral são mais graves por estarem mais sujeitos a grandes rompimentos, de modo que só o tratamento cirúrgico pode resolver.
Já as lesões dos ligamentos cruzados podem ser tratadas de ambas as formas, mas dependem da gravidade da lesão, de modo que lesões parciais são tratáveis com reabilitação convencional e rupturas completas podem ser tratadas com cirurgia na grande maioria das vezes.
Informações sobre recuperação e prognóstico
É imprescindível que a recuperação após as cirurgias de reconstrução seja feita com sessões de fisioterapia, repouso, imobilização com talas, uso de muletas e compressas de gelo. A reabilitação deve ser acompanhada pelo médico frequentemente, inclusive deve ser indicada ao paciente de acordo com a idade, as demandas diárias e condição médica geral do paciente.