O que é?
Os tumores são uma espécie de massa sólida que surge basicamente da reprodução e crescimento desordenados das células do nosso corpo. Estes podem ser benignos, que a princípio não trazem riscos para o paciente, ou malignos, que é o caso do câncer.
Na região da coluna são muito raros os casos em que os tumores são originários das células que compõem a própria coluna, representando apenas 10% do total de casos de tumor na coluna. Na maioria das vezes, o tumor de coluna é maligno e vem de outras regiões do corpo, como da mama, próstata ou do pulmão. Quando são benignos, eles costumam ser originários da própria coluna, das células que envolvem o cérebro ou das que revestem os nervos.
Da mesma forma que ocorre quando atinge outras partes do corpo, o câncer na coluna, isto é, o tumor maligno deve ser encontrado logo no início de seu surgimento para que responda bem ao tratamento e seja curado com sucesso, sem trazer muitos danos e riscos ao paciente. Apesar disso, por se tratar de uma região que pode ser atingida por diversas outras doenças que têm sintomas muito parecidos, é comum que ele seja descoberto tardiamente, em estágios muito mais perigosos.
Por isso, é importante ficar muito atento aos sintomas característicos do tumor e procurar por um médico ortopedista em caso de qualquer suspeita. Somente um profissional poderá identificar a real causa dos sintomas e dar início ao tratamento adequado, quando este necessário.
Quais as causas?
A causa do câncer na coluna, como comentamos, é exatamente a mesma que de outros locais que a doença pode atingir: a reprodução e crescimento desordenado de células, que provoca o surgimento de uma massa sólida ou simplesmente de um tumor. Quando falamos de coluna, porém, a maior diferença é que raramente isso acontece com as células que compõem a coluna, sendo muito mais comum que a doença venha de outra parte do corpo. Ou seja, o câncer na coluna geralmente vem de outro câncer, da mama, próstata, pulmão ou qualquer outro local do corpo.
Quem faz parte do grupo de risco?
Qualquer pessoa que já teve tumores em outras regiões do corpo deve ficar muito atenta aos sintomas, além de fazer acompanhamento médico com certa frequência. O tumor na coluna, bem como em outros lugares em que possa aparecer, pode ser descoberto mesmo antes do aparecimento dos sintomas e quanto mais cedo isso acontecer, maiores serão as chances de cura e recuperação do paciente.
Quais os sintomas?
Os sintomas do câncer na coluna, na maioria das vezes, costumam se concentrar na própria região. Pode haver dor, certa dormência ou formigamento nas vértebras ou ainda fraqueza hora de realizar movimentos. Em alguns casos, esses sintomas se alastram também para os braços e pernas.
Muitas vezes a dor pode ser confundida com outros problemas comuns da região ou ainda com uma simples fratura da coluna e por isso é importante ficar atento aos demais sinais e procurar por um médico imediatamente.
Além desses sintomas, existem pacientes que encontram dificuldade em urinar ou apresentam paralisia, geralmente em estágios mais graves.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico pode ser iniciado por um médico ortopedista, mas assim que a suspeita for levantada é muito importante o paciente consulte também um médico oncologista especialista em tumor da coluna. O diagnóstico final deve ser sempre do conjunto de médicos envolvidos, bem como a escolha do tratamento e o acompanhamento do caso.
Geralmente, o diagnóstico é realizado com a ajuda de exames, como raio-x, tomografia e ressonância magnética, que permitem encontrar o tumor através das imagens. Além desses, é comum ainda que o profissional solicite alguns exames complementares como cintilografia e PET-CT, que ajudam a identificar o estágio do tumor, e biópsia, que permite retirar e analisar uma pequena amostra do tecido do tumor.
Quais são as formas de tratamento disponíveis?
O tratamento do câncer na coluna pode variar muito de acordo com o caso, tipo de tumor, estágio, localização e riscos para o paciente. Na maioria das vezes, quando possível, a cirurgia é a mais indicada para remover o tumor completamente ou para reconstruir a coluna, diminuir a dor e devolver certa mobilidade ao paciente. Apesar de ser uma cirurgia bem delicada, hoje em dia ela já é bem menos invasiva e com rápida recuperação, permitindo muitas vezes que o paciente já volte a caminhar logo no dia seguinte.
Além da cirurgia, são necessárias sessões de radiografia e quimioterapia – que podem ser usadas junto ou não da cirurgia.
O tratamento do tumor na coluna é sempre muito individual e necessita do acompanhamento de diversos profissionais, como ortopedista, oncologista, neurocirurgião, nutrólogo, fisioterapeuta e até mesmo psicólogo.