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Trabalhos e Pesquisas

INTRODUÇÃO
O cotovelo é uma das articulações mais estáveis do esqueleto, apresentando dois tipos de movimento: um de flexo-extensão e outro de pronossupinação. O contorno das superfícies articulares combinado com a cápsula articular, ligamentos, e músculos conferem estabilidade à articulação.
Para tratar de forma correta as lesões traumáticas do cotovelo, é fundamental que o cirurgião compreenda a função de cada uma dessas estruturas, bem como sua inter-relação com a estabilidade articular e potenciais sequelas no decorrer do tratamento.
Existem diversas técnicas cirúrgicas descritas na literatura para tratamento das lesões traumáticas complexas do cotovelo, entre elas o uso de fixador externo articulado, que confere estabilidade à articulação associada à mobilidade precoce.

INDICAÇÕES
Instabilidade do cotovelo persistente no intra-operatório
Luxação recidivante pós-operatória ou instabilidade residual do cotovelo
Proteção para cirurgias instáveis
Fratura-luxação crônica
Lesão de partes moles

CASO CLÍNICO / PLANEJAMENTO PRÉ-OPERATÓRIO

Paciente de 83 anos, vítima de queda ao solo, com trauma direto no cotovelo esquerdo, resultando em fratura exposta da extremidade proximal da ulna esquerda (figuras 01 e 02), classificada como tipo 2D segundo Colton para fraturas do olecrano e como tipo II de Gustilo-Anderson para fraturas expostas. Apresentava dor, deformidade local , impotência funcional e ferimento corto-contuso de aproximadamente 5 cm.
Foi realizado limpeza mecânica-cirúrgica e imobilização provisória com goteria gessada axilo-palmar na urgência, bem como uso de antibioticoterapia endovenosa.
Nos dias subsequentes evoluiu com infecção da ferida e deiscência da sutura, impossibilitando tratamento definitivo com síntese interna. Portanto, foi optado por fixação externa articulada promovendo estabilidade à fratura, mobilidade precoce e tratamento adequado da lesão de partes moles.


DESCRIÇÃO DA TÉCNICA CIRÚRGICA
Paciente posicionado em decúbito dorsal horizontal, com auxilio de mesa de apoio para o membro a ser operado. Inicia-se com identificação do nervo radial no terço distal do braço, através de uma via de acesso lateral de 7cm (figura 03). A seguir realiza-se a passagem de dois pinos de Schanz de 5.0mm no úmero sob visualização direta(figura 04).
Na sequencia, executa-se a passagem percutânea de dois pinos de Schanz de 4.0mm na região diafisária da ulna sob visualização radioscópica(figura 05).
Posteriormente identifica-se o centro de rotação do cotovelo, o qual corresponde ao centro da tróclea e do capítulo observados através de imagem radioscópica na posição de perfil do cotovelo. Anatomicamente, o marco do eixo é ligeiramente distal ao epicôndilo lateral(figura 06). O fio é colocado sobre este ponto, confirmado por radioscopia, e introduzido através do eixo de rotação (figura 07). A seguir efetua-se a montagem do fixador tubular com a utilização de uma barra e conectores através dos pinos de Schanz do úmero. Realiza-se montagem semelhante na ulna (figura 08).
Coloca-se o componente em dobradiça com o orifício central que deve coincidir com o fio guia previamente colocado no centro de rotação do cotovelo. Com o cotovelo reduzido concentricamente, anexa-se a dobradiça às fixações umeral e ulnar. Por fim, aperta-se todos os conectores e realiza-se a sutura da via de acesso para identificação do nervo radial no braço.

CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS
Foi liberado mobilidade precocemente, e a paciente retornou ao ambulatória a cada duas semanas, para verificar-se condição da pele no trajeto dos pinos, bem como para realização de radiografias de controle (figuras 9 e 10). Ao completar seis semanas de pós- operatório o fixador foi retirado.


BIBLIOGRAFIA.
BERNARD F. MORREY.2009.THE ELBOW AND ITS DISORDERS.SANDERS ELSEVIER.
THOMAS P. RUEDI. 2007. PRINCIPIOS AO DO TRATAMENTO DE FRATURAS
JOSÉ SERGIO FRANCO. 2003 OMBRO E COTOVELO. SBOT

 

 

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