Dr.Fabiano Rebouças
Introdução
O tratamento das fraturas deslocadas da cabeça e colo do rádio é controverso. Muitos métodos e tipos de fixação tem sido usados na tentativa de preservá-la, devido a sua importância na movimentação, transmissão de força e estabilização do cotovelo.
Objetivo
Os autores realizaram estudo com o objetivo de estabelecer uma "zona de segurança" para fixação de placa ou parafuso nas fraturas da cabeça ou colo do rádio sem que as mesmas causem impingimento na articulação rádio-ulnar proximal durante o movimento de prono-supinação.
Material e Métodos
Foram dissecados 5 cotovelos de cadáveres. Todos apresentavam amplitude de movimento normal. A dissecção foi realizada através da via lateral até exposição da articulação rádio-capitelar e rádio-ulnar proximal. Realizando o movimento de pronação e supinação máxima, marcaram-se, respectivamente, os limites anterior e posterior da superfície articular da cabeça do rádio que se articulava com a ulna proximal. O intervalo entre esses pontos foi denominado "zona de segurança".
Resultados e Conclusões
Em todos os cadáveres estudados a angulação encontrada foi de aproximadamente 90 graus ("zona de segurança"). O limite anterior e posterior correspondiam à posição de 12 e 3 horas, respectivamente, com antebraço em posição neutra (quadrante ântero-lateral). Os autores observaram ser de grande importância o conhecimento e precisão na determinação da "zona de segurança" para o posicionamento adequado do material de síntese na fixação das fraturas da cabeça ou colo do rádio, visto que esta área é reduzida (25% da superfície da cabeça do rádio) e o não posicionamento correto ocasiona limitações na pronação ou supinação.