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Artigos e entrevistas

matéria publicada na Revista CARAS - Dr.Fabiano Rebouças

O tendão é um tecido branco, denso e resistente por meio do qual os músculos de uma articulação ligam-se aos ossos. Os tendões transmitem aos ossos e articulações a força e o movimento gerados pelos músculos. Existem tendões em quase todas as articulações humanas. O rompimento desses tecidos, infelizmente, é comum. Os que mais se rompem são aqueles que recebem menos sangue e oxigênio e ao mesmo tempo são mais sobrecarregados, isto é, os dos ombros, os dos cotovelos e os tendões-de-aquiles, nos calcanhares.

Qualquer pessoa pode romper total ou parcialmente os tendões de um ou dos dois ombros, a qualquer momento da vida, em um acidente de carro, moto, barco ou ao praticar esportes. Isso ocorre mais frequentemente, porém, com jovens e adultos do sexo masculino.
Mas os rompimentos de tendões, constata-se no dia a dia dos consultórios, são mais frequentes nas mulheres a partir dos 45 a 50 anos, ou seja, quando entram na menopausa. A causa pode estar relacionada a maior fragilidade dos tendões e ossos à medida que vai caindo a produção dos hormônios femininos. Outros fatores podem colaborar para o fenômeno, como tendência familiar; malformações nos ombros; e gestos repetitivos acima da cabeça, principalmente errados, nas atividades físicas e no trabalho.
O desgaste natural dos tendões dos ombros, vale destacar, costuma se manifestar em três fases. De início a pessoa sente uma dorzinha no ombro que melhora ao tratar com remédios e/ou fisioterapia (em geral até 25anos); depois ela tem uma dor mais intensa, que é mais resistente ao tratamento, já com tendinite e fibrose (em geral dos 25 aos 40anos) -- normalmente isso ocorre quando tratou mal do problema anterior ou interrompeu o tratamento, o tendão se inflamou e se formou tecido cicatricial; então, enfim, com a progressão da doença, o tendão se rompe até espontaneamente (em geral após os 40anos).
Os sintomas básicos do rompimento parcial de um tendão são: dor de intensidade variável, sangramento interno e dificuldade para movimentar o braço. Já os de um rompimento total são: dor intensa, que piora à noite, e perda da força e dos movimentos.
O ideal, claro, é prevenir-se, ou seja, evitar que estes problemas ocorram. É possível fazer isso com algumas medidas básicas de orientação. Pratique atividades físicas regularmente. Procure manter uma postura correta nessas atividades e no trabalho. Faça alongamento antes dos exercícios físicos e de tempos em tempos no trabalho. Se vem tendo dor nos ombros, consulte um ortopedista, faça o diagnóstico e se trate de maneira adequada para que os problemas não progridam.
As doenças que atingem os tendões dos ombros podem ser tratadas com eficácia para interromper sua progressão e, naturalmente, evitar que cheguem a se romper. Já os tendões rompidos tanto em acidentes como pelo desgaste natural, na maioria das vezes, são tratados com cirurgia. Consiste em, se preciso, fazer uma espécie de “plástica” nele e religá-lo novamente no local do osso em que se prendia. A cirurgia em si é rápida, mas a recuperação, que inclui fisioterapia, claro, é lenta, levando até seis meses, às vezes, dependendo da gravidade do caso e do estado de saúde do paciente, até mais.

SAÚDE 1002


por Fabiano Rebouças Ribeiro*


* Fabiano Rebouças Ribeiro (CRM-SP 83.606), mestre em Medicina e Ortopedia pelo Iamspe e ortopedista do Centro Médico Berrini, na capital paulista, é especialista em ombro e cotovelo, preceptor de ensino da Residência Médica do Serviço de Ortopedia do Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo e membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro-Cotovelo. Site: www.drfabianoreboucas.com.br

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