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Artigos e entrevistas

matéria publicada na Revista CARAS - Dr.Fabiano Rebouças

Registros dos serviços de emergência dos hospitais indicam que cresce 30% ao ano o número de acidentes com fogos no país. Homens de 15 a 50 anos são as principais vítimas, atingidos por queimaduras, cortes e dilacerações e até amputação de membros superiores. Vale a pena, portanto, ficar longe de tais artefatos ou pelo menos tomar um pouco mais de cuidado com eles.

A Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e a Associação Brasileira de Cirurgia da Mão (ABCM), ambas sediadas na capital paulista, provoveram recentemente Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes com Fogos de Artifício. O objetivo foi alertar a população sobre os riscos desses artefatos, para que se mantenha distante deles.

Os fogos de artifício são utilizados em larga escala no país sobretudo nas comemorações esportivas, por ocasião das festas juninas e na passagem do ano-novo. Sua produção, comercialização e uso pela população são regulados pelo Decreto 3.665, da presidência da República, editado em 20 de novembro de 2000. Mas a fiscalização, como se sabe, é muito falha. Desse modo, é comum tais artefatos serem armazenados de maneira incorreta e, pior ainda, vendidos em lojas improvidas montadas apenas por ocasião daquelas festividades. A população, de outro lado, no afã de comemorar, acaba comprando fogos até de fabriquetas de fundo de quintal e correndo grandes riscos. Infelizmente, não existem estatísticas oficiais. Mas se estima que o número de acidentes com fogos de artifício aumente 30% todo ano.

Os principais atingidos, de acordo com os registros dos serviços hospitalares de emergência, são homens de 15 a 50 anos e crianças de 4 a 14 anos. Cerca de 70% deles sofrem queimaduras; 20% apresentam cortes e dilacerações; e 10% têm amputação dos membros superiores.
Os acidentes com fogos provocam ainda, freqüentemente, lesões de córnea, até com cegueira, e lesões nos ouvidos, às vezes com perda de audição.

O ideal, claro, seria que a população abandonasse de vez o uso de tais artefatos. Como isso é praticamente impossível, que pelo menos tome alguns cuidados básicos. Procure comprar fogos apenas de marcas reconhecidas -- jamais produtos artesanais feitos por fabriquetas de fundo de quintal -- e pedir certificado de garantia. Adquira-os em lojas especializadas, nunca naquelas que foram montadas de maneira improvisada nas proximidades das festas. Jamais segure rojão com as mãos; prenda-o em armação específica, numa cerca ou num muro, acenda e saia logo de perto. Nunca tente acender fogos que falharam; ao contrário, coloque-os logo em uma vasilha com água para que sejam inutilizados. Ponha em água também os artefatos já usados. Solte fogos só ao ar livre, longe tanto de produtos e substâncias inflamáveis quanto da rede elétrica. Se está bebendo, fique longe de fogos de artifício. Tome cuidado com pessoas e prédios nas proximidades.
Pessoas queimadas em tais acidentes devem lavar o local com água fria ou soro fisiológico e envolvê-lo com pano úmido. Como em geral os tecidos atingidos incham, é fundamentao retirarem anéis, pulseiras e o relógio -- para não dificultarem o atendimento médico -- e procurem logo um pronto-socorro.

Quem teve cortes também deve apenas lavá-los com água fria ou soro fisiológico. Eventuais sangramentos podem ser estancados envolvendo-se o local com um pano limpo úmido. O passo seguinte, claro, é procurar o serviço de emergência de um hospital.
Já nos casos em que houve a amputação de um membro, é importante recolhê-lo, acondicioná-lo em uma embalagem de isopor e levá-lo imediatamente ao pronto-socorro com o paciente. Quanto mais rápido isso ocorrer, maior será a possibilidade de sucesso em um eventual reimplante. Em todas as situações, finalmente, só um médico ou uma equipe médica é capaz de fazer uma avaliação completa do quadro e determinar o tratamento correto.

* Fabiano Rebouças Ribeiro ortopedista do Centro Médico Berrini, na capital paulista, é especialista em ombro e cotovelo e preceptor de ensino da residência médica do Serviço de Ortopedia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. É também membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo. Tem mestrado pelo IAMSPE.

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