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Artigos e entrevistas

matéria publicada na Revista CARAS - Dr.Fabiano Rebouças

Muitas horas de trabalho, má postura, esforço repetitivo e a sobrecarga imposta à articulação que movimenta os braços provocam lesões responsáveis por dores intensas e persistentes. Ao primeiro sintoma, não vacile: procure um ortopedista. Assim será possível cuidar do problema com tratamentos, antes que evolua e exija intervenção cirúrgica.

As salas de espera dos consultórios de ortopedia estão lotadas de gente com a mesma queixa: dor nos ombros. Essa é a segunda razão que leva as pessoas a procurarem especialistas da área. O ombro doloroso só perde para a dor na coluna vertebral.
A freqüência do problema não surpreende. Articulação do corpo humano com a maior amplitude de movimentos (para cima, para trás, para a frente, para os lados), o ombro depende, para manter a sua estabilidade, de um conjunto complexo de ossos, músculos, ligamentos e tendões, além de outras estruturas. A falha em qualquer uma das peças da engrenagem tem conseqüências que vão desde dores eventuais, fáceis de tratar, até uma perda importante de movimentos.
São mais suscetíveis a ter o ombro doloroso profissionais que usam muito os braços em movimentos repetitivos. Entre eles, professores que costumam escrever no quadro negro, dentistas, nadadores, jogadores de vôlei, basquete e tênis. Mas não só. O hábito de dormir de bruços, apoiando a cabeça sobre os braços, também penaliza a articulação e possibilita a lesão. Às vezes o problema advém de fatores genéticos e morfológicos. Uma curvatura diferente do osso, por exemplo, é capaz de pressionar o tendão a ponto de machucá-lo.
Todos esses fatores propiciam o desencadeamento da chamada síndrome do impacto, que é a lesão da musculatura interna do ombro, chamada manguito rotador. Importante dizer que se trata de uma doença degenerativa e de evolução rápida quando não tratada. Em alguns meses o paciente pode passar da fase inicial -- sanada quase sempre com aplicação de gelo, fisioterapia, antiinflamatórios, infiltração de cortisona e analgésicos na região inflamada -- para a mais grave, a ruptura dos tendões. Esta, na maioria das vezes, exige cirurgia.
É comum que a síndrome do impacto surja associada a outros distúrbios. Os principais são a bursite, inflamação da bursa, uma bolsa que tem a função de facilitar o deslizamento entre ossos e tendões, e a tendinite, inflamação dos próprios tendões. Também ocorre de surgirem depósitos de cálcio dentro dos tendões, como conseqüência das inflamações, enfermidade chamada tendinite calcárea. Outra possível origem do ombro doloroso é a aderência dos ligamentos da articulação com o osso, a capsulite adesiva, que provoca a perda progressiva dos movimentos.
O diagnóstico desses males não demanda mais que um exame físico do paciente. Existem manobras específicas para detectar a localização e até a extensão do problema. Exames complementares como radiografia, ultrassonografia e ressonância magnética ajudam a concluir a avaliação do caso e a orientar o tratamento. Se houver demora na intervenção é possível que a única alternativa seja a cirurgia, tradicional ou por artroscopia. Esta última requer apenas pequenas incisões para a entrada de uma câmera digital, pinças e materiais de sutura. O propósito da cirurgia pode ser a remoção da bursa e de áreas inflamadas dos tendões ou mesmo a moldagem do osso, de maneira que pare de agredir o tendão. Nos casos mais graves, de ruptura do tendão, ele deve ser religado ao osso. Nos dois tipos de operação a recuperação leva de três a seis semanas na tipóia, além de fisioterapia. Somente quando o tratamento é muito postergado há risco de perda de movimentos. Por exemplo, o paciente não consegue mais elevar totalmente o braço.
Aqueles que ainda não se convenceram da importância de procurar ajuda logo aos primeiros sintomas devem saber que a dor nos ombros pode ser também um sinal de infarto ou de doenças pulmonares, que demandam tratamento de urgência. Ou seja, se o seu ombro dói, vá rapidamente ver do que se trata.

Fabiano Rebouças Ribeiro, ortopedista do Centro Médico Berrini, na capital paulista, é especialista em ombro-cotovelo e preceptor de ensino da residência médica do Serviço de Ortopedia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. É também membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo. Tem mestrado pelo IAMSPE.

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