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Artigos e entrevistas

matéria publicada na Revista CARAS - Dr.Fabiano Rebouças

A principal queixa no consultório dos ortopedistas, após as dores nas costas, é nos ombros. Entre as causas, a síndrome do impacto é a mais comum em adultos. Essa doença inflamatória e degenerativa pode causar tendinite, bursite e até levar ao rompimento do tendão. Por isso é fundamental iniciar o tratamento, com o fortalecimento dos músculos, logo no início do incômodo.

Comparado a uma bola de golfe equilibrada por um suporte, o ombro tem anatomia articular complexa, instável e de grande mobilidade. Isso o torna suscetível a várias lesões e a síndrome do impacto é a mais comum delas em adultos de 40 a 50 anos.

O ombro é composto por vários ossos e por um grupo de músculos chamado manguito rotador (supraespinhal, infraespinhal, subescapular e redondo menor). Esses músculos cobrem a cabeça do úmero (osso do braço) e a protegem contra a cavidade glenóide, localizada na extremidade da escápula, garantindo força, mobilidade e estabilidade ao ombro.

O problema é que o espaço entre a cabeça do úmero e o acrômio (teto do ombro),onde se localizam os tendões e músculos, é muito apertada. Em alguns indivíduos, movimentos repetitivos com os ombros causam uma lesão parcial ou total, sendo o mais atingido o tendão do músculo supraespinhal(responsável por levantar o braço).

A síndrome do impacto é, portanto, uma doença crônica, que se desenvolve lentamente e pode causar tendinite (inflamação do tendão) bursite (inflamação da bursa ou bolsa que protege os tendões dos ossos) ou rompimento do tendão. Acomete principalmente indivíduos com atividades profissionais que exigem movimentos repetitivos do ombro, como professores, e jogadores de basquete, vôlei, tênis etc. É considerada uma doença de causa multifatorial, ou seja, também fazem parte do grupo de risco pessoas com predisposição genética (familiares com o mesmo problema), que nasceram com morfologia desfavorável (osso do ombro mais curvo, mais inclinado ou mais espesso), que precisam usar muletas por longos períodos ou ainda sofreram fratura ou calcificação na região. Apesar de prevalecer em indivíduos de50 a 60 anos, acomete também jovens, em geral esportistas. Já pacientes com mais de 70 anos podem apresentar o tendão atrofiado ou rompido e o organismo, com o passar dos anos, ir se adaptando à nova forma.

A síndrome é uma doença evolutiva que passa por todos os estágios – tendinite, fibrose, lesão parcial e completa – e não deve ser confundida com lesão traumática aguda, quando a pessoa rompe o tendão em um acidente. A dor aqui é intensa e o tratamento,cirúrgico.

Já na síndrome, a dor no início incomoda, mas é suportável e menos intensa e se manifesta sobretudo à noite. Com o passar do tempo, pode causar fraqueza, limitação de movimento e, nos casos mais graves, dificuldade para movimentar o braço devido à atrofia ou ao rompimento do tendão. Para não chegar a esse ponto, é importante não negligenciar e procurar um ortopedista logo que sentir dor persistente.

O diagnóstico é feito clinicamente por meio de testes de força e irritativos e complementado por exames de imagem, como radiografias, ultrassom e ressonância magnética.

Definido se a lesão é parcial ou total, o tratamento inicial emprega analgésicos, anti-inflamatórios, aplicação de gelo, mudança de hábitos e fisioterapia para o fortalecimento do tendão. Não é incomum a síndrome voltar,principalmente em pacientes com fibrose ou lesão maior do tendão. Nesses casos ou quando o paciente apresenta rompimento, o tratamento mais indicado pode ser a cirurgia, para evitar complicações futuras. Consiste em uma artroscopia, que dura cerca de 90 minutos, é menos invasiva e o paciente fica internado apenas um dia.Precisará usar tipoia por seis semanas e em seguida fazer fisioterapia para ganhar força. Geralmente depois de seis meses, recebe alta e pode levar uma vida normal.

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